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Perguntas Frequentes - FAQ

É necessário ter conhecimento musical para fazer Musicoterapia?

Não. A Musicoterapia não exige que a pessoa saiba cantar ou tocar instrumentos. O foco não é o desempenho musical, mas sim a utilização da música como recurso terapêutico, conduzido por uma profissional qualificada.
Somente pessoas que tem grande interesse por música podem fazer Musicoterapia?

Também não. O processo é construído a partir do perfil sonoro-musical de cada pessoa. A terapeuta observará as respostas aos diferentes estímulos e utilizará essas informações para planejar as atividades individualizadas e relevantes para a pessoa.
A família pode participar das sessões de Musicoterapia?

Certamente. Há modelos de prática, como a Musicoterapia Centrada na Família, que valorizam a presença e o envolvimento dos familiares no processo terapêutico, para facilitar o vínculo entre a profissional e a criança atendida e também para que, mais aidante, a profissional dê modelo à família de formas novas de interagir com a criança.
A Musicoterapia tem efeitos comprovados para pessoas autistas?

Estudos científicos indicam benefícios para a melhoria global, a qualidade de vida, o bem-estar e a comunicação-social. Também foram observados avanços em atenção conjunta, engajamento, linguagem e comportamentos adaptativos.
Existem riscos ou efeitos adversos na Musicoterapia?

Não foram relatados efeitos adversos relacionados à Musicoterapia nos estudos realizados. Trata-se de uma prática considerada segura quando conduzida por profissional habilitado.
Quem pode conduzir sessões de Musicoterapia?

Somente musicoterapeutas com formação específica em nível superior ou pós-graduação em Musicoterapia. A legislação brasileira regulamenta a profissão e define que apenas esses profissionais estão habilitados a oferecer o atendimento.

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A musicoterapia não substitui outras terapias, mas pode ser uma aliada poderosa no desenvolvimento da comunicação.

Confira este e outros textos completos sobre artigos científicos de musicoterapia e autismo no link da bio.

Gostou do conteúdo? Comente, curta e compartilhe!

#musicoterapia #musicaTEA #musictherapy #pbe

A musicoterapia não substitui outras terapias, mas pode ser uma aliada poderosa no desenvolvimento da comunicação. 🎙 👉 Confira este e outros textos completos sobre artigos científicos de musicoterapia e autismo no link da bio. Gostou do conteúdo? Comente, curta e compartilhe! #musicoterapia #musicaTEA #musictherapy #pbe

As evidências científicas sobre musicoterapia no TEA mostram avanços consistentes, mas precisam ser interpretadas com cuidado. A

As evidências científicas sobre musicoterapia no TEA mostram avanços consistentes, mas precisam ser interpretadas com cuidado. A "Umbrella Review", ao comparar revisões sitemáticas e metanálises sobre intervenções muito distintas (suplementos, terapias, etc.), apresentam uma limitação importante: embora considerada a "revisão das revisões", por questões metodológicas não possui sensibilidade para captar a especificidade de intervenções complexas como a musicoterapia, resultando em classificações de baixa certeza que não refletem plenamente sua eficácia, ao incluir majoritariamente revisões com ECRs, que precisam ter sua predominância repensada quando falamos de intervenções destinadas a pessoas autistas. A Revisão Cochrane de 2022, considerada padrão ouro, confirmou benefícios da musicoterapia em melhora glogal, qualidade de vida, melhora nos sintomas centrais, comportamento e personalidade, com certeza moderada dos achados. Esta e outras revisões específicas sobre este tema, também apontaram limitações, mas tiveram o cuidado de abordar as condições que estão ligadas à maior eficácia: individualização da intervenção, qualidade do vínculo terapêutico, habilidades do terapeuta e formato escolhido da interveção. Esses achados reforçam que a musicoterapia não deve ser vista como alternativa, mas como uma ciência consolidada, com arcabouço teórico, prática clínica sistematizada e crescente produção científica. Seu avanço depende da inclusão de desenhos metodológicos adequados, da valorização de clínicos-pesquisadores, da ampliação de linhas de pesquisa que capturem de forma sensível os reais efeitos da intervenção e da intersecção entre a prática clínica e o conhecimento teorico-científico da área. Se quiser se aprofundar neste estudo comparativo de revisões sistemáticas, pode encontrar um texto mais detalhado no link da bio do meu perfil. Referências: NCAEP - EBP Report (2020) Marquez-Garcia e colab. (2021) Odom (2021) Applewhite e colab. (2022) Geretsegger e colab. (2022) Kee e colab. (2022) Shi e colab. (2024) Gao e colab. (2025) Alayidh e colab. (2025) Gosling e colab. (2025) #musicoterapia #musictherapy #musicaTEA

Os achados do estudo de Sharda mostram a importância de se debruçar no texto completo de estudos científicos, e não basear-se somente em uma leitura rápida de metanálises e revisões sistemáticas (que buscam tendências gerais sobre efeitos de determinado tratamento): as conclusões deste estudo vão além de demonstrar se a intervenção musical funciona; mas sugerem quais são seus mecanismos no funcionamento do cérebro do indivíduo autista.

Os pesquisadores discutiram duas hipóteses principais, e os dados apontaram para uma delas: 1)

Os achados do estudo de Sharda mostram a importância de se debruçar no texto completo de estudos científicos, e não basear-se somente em uma leitura rápida de metanálises e revisões sistemáticas (que buscam tendências gerais sobre efeitos de determinado tratamento): as conclusões deste estudo vão além de demonstrar se a intervenção musical funciona; mas sugerem quais são seus mecanismos no funcionamento do cérebro do indivíduo autista. Os pesquisadores discutiram duas hipóteses principais, e os dados apontaram para uma delas: 1) "Top-Down" que significa que o processo começa nos níveis mais altos do cérebro (como o córtex pré-frontal, envolvido em funções complexas como cognição e emoção) e desce para regular níveis mais básicos (como o processamento sensorial); e 2) "Bottom-Up" que significa que o processo começa na entrada sensorial e na integração com o sistema motor, subindo para influenciar funções superiores. A hipótese apoiada pelo estudo é de que a música é, antes de tudo, um estímulo ritmado e estruturado que exige e promove a sincronização entre o sistema auditivo (ouvir o som, o ritmo) e o sistema motor (tocar um instrumento, cantar, balançar). Esta prática constante fortalece as conexões entre essas regiões cerebrais. Como a comunicação social depende criticamente da integração sensoriomotora (ex: o timing de uma resposta, a entonação da fala, a interpretação de pistas não-verbais), ao exercitar e melhorar a base neural, a função social superior também melhora. A ressonância magnética mostrou um aumento específico na conectividade entre as áreas auditivas e as áreas motoras/subcorticais do cérebro – a assinatura exata de que uma integração auditivo-motora mais eficiente estava ocorrendo. Esse padrão de conectividade aponta mais para um fortalecimento de circuitos de integração sensoriomotora do que para uma ativação primária de circuitos de recompensa. No estudo de Sharda (2018), os autores afirmam: "nossos achados mostram que a música pode exercer um papel modulador na redução da hiperconectividade entre os córtex sensoriais, melhorando subsequentemente os processos de comunicação". #musicoterapia #musictherapy #intervençãomusical #musicaTEA

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